Brasília - Dados do Cadastro Geral de Empregados de Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que foram gerados no País 554 mil novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2008. O resultado, anunciado hoje, é 39% superior ao número de vagas geradas nos três primeiros meses do ano passado e novo recorde da série histórica do levantamento, que começou em 1992.
Somente em março, foram gerados 206.556 novos empregos de assalariados com carteira assinada, o melhor resultado da série histórica para o mês, informou o ministério. O número vagas geradas no mês é 41% maior que o recorde anterior, que foi registrado em março do ano passado, mostram os dados do Caged.
No mês, o setor que mais gerou postos de trabalho foi o de serviços (89.072), seguido por indústria de transformação (40.389), construção civil (33.437), comércio (19.594) e agricultura (15.442).
"O aquecimento da economia interna explica esses números. Tivemos um ganho real com o salário miníno. As pessoas estão comprando mais e isso gera mais empregos", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, durante a divulgação dos dados.
O ministro classificou como erro e uma atitude precipitada a elevação em 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC). Mas, ele diz acreditar que a demanda continua aquecida, portanto o efeito da alta dos juros na geração de empregos só deverá ser sentido no fim do ano.
"Nos próximos três meses a geração de emprego vai continuar muito forte porque a demanda está crescendo, o empresário está ganhando dinheiro, fez investimentos e continua a acreditar que a economia vai crescer", afirmou o ministro.
Para este ano, o ministro prevê que a alta de juros vai afetar a balança comercial. Segundo ele, a repercussão efetiva no emprego, no entanto, será sentida somente em 2009. "Vai ser mais difícil repetir a performance dos últimos dois anos com essa alta nos juros", disse.
As informações são de Marina Mello, do Terra
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