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domingo, 27 de julho de 2008

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL: 32 MIL VAGAS EM CURSOS.

Mais de 30 mil vagas serão oferecidas em programas de qualificação de mão-de-obra dos governos estadual e municipal até 2009, em toda a Bahia – em parceria com o governo federal. Os cursos contemplarão setores com carência de profissionais, como construção civil, tecnologia da informação e turismo.

A iniciativa é uma resposta à dificuldade que os trabalhadores baianos vêm enfrentando para preencher oportunidades de emprego devido à baixa capacitação. Há três semanas, A TARDE revelou que 53% das vagas de trabalho oferecidas de janeiro a maio pelo Simm (Serviço Municipal de Intermediação de Mão-de-Obra) e pelo Sine-Bahia (Serviço de Intermediação para o Trabalho) não foram preenchidas pois faltaram profissionais que atendessem aos requisitos.

Foram 9.630 vagas que sobraram, diante de 18.051 oportunidades existentes nos dois órgãos. Áreas como Medicina, Engenharia, Tecnologia da Informação e a industrial encontraram grandes dificuldades em encaminhar mão-de-obra.

“Tem acontecido de as empresas na Bahia trazerem profissionais de fora do Estado para suprir suas demandas”, revela Jessivanda Almeida, coordenadora de qualificação da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado (Setre). É o caso, por exemplo, da empresa baiana DealerNet Ação em Informática. “Estamos fazendo um processo de captação de profissionais em Aracaju”, revela Luiz Eduardo Santos, gerente administrativo-financeiro.

Os cursos foram planejados pelas secretarias com base no trabalho dos serviços de intermediação de mão-de-obra, que detectaram as áreas mais difíceis para recrutar profissionais. As empresas também participaram do processo e, em muitos casos, quem passar pelos cursos será encaminhado diretamente às vagas.

Foi através de um desses programas que Helena Nogueira, 21 anos, conseguiu seu primeiro emprego na área de vendas. Menos de um mês após um curso de Técnicas de Vendas feito no Sine-Bahia, ela participou de um processo seletivo e foi aprovada. “Eu não tinha experiência, então o curso foi importante para ensinar a lidar com os clientes”, conta Helena.

Experiência – Apenas a qualificação, no entanto, não garante a vaga, pois a experiência também é um requisito comum, afirmam especialistas ouvidos por A TARDE. “Hoje, os jovens entre 16 e 24 anos sofrem muito com o desemprego por causa da falta de experiência”, diz Luciano Avena, diretor da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

Segundo ele, a alternativa que os estudantes, tanto do ensino médio quanto do superior, devem buscar é o estágio ou ofertas voltadas especificamente para o primeiro emprego. “Tem muita gente preparada teoricamente, mas, quando sai para o mercado, é questionada se tem vivência”, afirma Avena.

Há alguns setores, como o de vendas e o de telemarketing, que não pedem experiência dos candidatos. Só que em áreas mais específicas, como a construção civil, as exigências sobem. De acordo com Jessivanda, coordenadora de qualificação da Setre, é justamente para contornar este problema que a secretaria está começando a planejar cursos que incluem vivência em empresas, através de parcerias com estas, para que a formação dos estudantes não se resuma à parte teórica.

No momento, há 1.200 vagas abertas para a formação profissional em Tecnologia da Informação, voltada a estudantes do ensino médio. Outras 31 mil vagas serão oferecidas até 2009 em diversos programas de qualificação.

Fonte: http://www.atarde.com.br

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